Sentada naquelas escadas gastas pelos infindos passos apressados
Contemplava o meu horizonte.
Que visão.
De tão bela e pura tornava-se inquietante.
Se ao menos conseguisse escrevê-la,
Se menos pudesse tocá-la,
Se ao menos pudesse tê-la.
Ela afastava-se de mim
(não corras para longe, gritava eu)
Agora que te descobri, deixa-me ter-te mais um bocadinho…
Fica mais um bocado.
Aquela simples visão acendeu uma chama apagada…
Uma saudade tão presente.
Não conseguia perceber o que me estava a acontecer.
Como poderia ter saudades de algo presente?
Seria aquele horizonte vermelho verdadeiro?
Estaria a viver um sonho? Ou um sonho de sonho?
Estaria acordada? Estaria adormecida?
Ri-me… acordei com a minha gargalhada!!
Como poderia ter saudades de algo presente?
Abraçaste-me e eu sussurrei-te:
"és o meu horizonte".
E adormeci.
LunaPapa
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