Wednesday, September 27, 2006

Porto seguro

Era escuro e estava nevoeiro.
Ao longe conseguia ver a luz do farol.
E eu não conseguia deixar de correr.
Num impulso percebi que tinha que abraçar a luz.
Mas ela estava em perpétuo movimento.
E eu não queria seguir o caminho, queria inventar um novo trilho.
Dentro de mim surgia uma força misteriosa e obscura.
Sabia que o ia encontrar, e naquele momento fechei os olhos e segui-me.
Não percebia então aquela vontade de chegar a um porto, ignorado por mim.
A luz do farol adquiria formas, vultos teus.
Segui o novo caminho, e descobri o farol.
Não estavas lá.
Ao olhar para a luz, vi-te.
Tu eras a minha luz, e eu encontrei-te porque acreditei.
Naquele momento encontrei-te, estavas no meu bolso.
Vi-me nos teus olhos negros-realidade e
Sorri-te.

LunaPapa

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