Existe nos campos um silêncio... um silêncio. Um silêncio quase bruto.
Primeiro, o silêncio abate-se sobre nós, quase desconcertante.
E só depois começamos a ouvir um outro silêncio, o verdadeiro silêncio.
Aquele que sob nós rasteja, que sobre nós esvoaça. Aquele que é vida.
E é nesse silêncio da terra, completo, violento e feroz, que começamos a ouvir vozes de uma bela harmonia.
Melodia que teima em não parar, que teima em não calar.
E ainda bem que assim o é.
O silêncio da terra não pode parar, não pode calar.
Somos nós que precisamos calar para o poder escutar.
Luna
No comments:
Post a Comment