Subi ao cume da montanha.
Estava cansada. Já não consegui controlar o fôlego.
Mas há já tanto tempo que ansiava por esta vista.
Sentada e só, fecho os olhos.
E ali, na linha do horizonte que separa a terra do céu,
Sou tocada.
Sinto todo o meu corpo a ser percorrido por um estranho ser.
Já não tenho sangue a correr nas veias….
Apenas corre vida.
Eles sorriem e eu agradeço-lhes.
Sonho com o futuro, dou-lhe forma e vida,
E também as boas vindas.
Beija-me e seduz.
(Que estranho sentir)
Pergunta-me se quero partir com ele.
Sorrio e digo-lhe:
“Aqui, neste cume de montanha,
sozinha, vejo além mar, sinto além sol.
Aqui vejo, sinto e sou.
E sou linda.
Aqui estou viva”.
(obrigada vento por me sussurrares sempre ao ouvido)
LunaPapa
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