A areia ainda estava quente do doce sol.
Os meus pés, acariciados, não conseguiam parar.
A lua, indiferente ao que se passava, brilhava e agora percebo porque sorria.
A espuma, branca e leve, do mar azul, cheirava a negro.
Ao longe, o farol continuava vivo e começava a estontear-me.
Conseguida ver tudo que me rodeava.
Formas e cores fantasiadas.
Mas eu sentia-me morrer.
Tudo tinha acabado. Já nada fazia sentido.
O farol, lembrava-me que estava só, naquele porto (sentido e idealizado).
Senti-me cair.
Já não tinha forças.
Despojada de tudo o que fui, despi-me.
Sem medo entrei no mar negro.
O meu corpo foi beijado como nunca antes.
O meu cabelo tocado…
Afinal ainda existia vida.
E tu abraçaste-me.
LunaPapa
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