Na luz apagada da noite, o teu corpo ilumina-se,
O teu corpo, mar azul de ser tão branco.
Só a tua sombra vem ao meu encontro.. não sei
se te vejo ou se te imagino…
O relógio parou… são agora mil e quatro horas, a hora perfeita.
Tocas-me. Continuas sombra.
Seguimos juntos separados,
Esquecidos, lembrados.
As pedras da rua todos as pisam, são rudes e gastas.
Nós seguimos flutuando.. flutuando na memória, na memória perfeita e inevitável.
Ao longe o relógio continua…o tempo consome-se. Tão depressa tudo passa.
Seguimos separados, esquecidos e não lembrados.
Flutuando na memória, na memória acabada.
(À memória de uma mulher nua numa numa cave de coimbra)
LunaPapa
2 comments:
As memórias....nem sempre perfeitas...são de facto inevitáveis...não há como evitá-lo!
Ainda bem...
Gosto muito deste.
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