Monday, May 23, 2005

A uma memória..

Na luz apagada da noite, o teu corpo ilumina-se,

O teu corpo, mar azul de ser tão branco.

Só a tua sombra vem ao meu encontro.. não sei

se te vejo ou se te imagino…

O relógio parou… são agora mil e quatro horas, a hora perfeita.

Tocas-me. Continuas sombra.

Seguimos juntos separados,

Esquecidos, lembrados.

As pedras da rua todos as pisam, são rudes e gastas.

Nós seguimos flutuando.. flutuando na memória, na memória perfeita e inevitável.

Ao longe o relógio continua…o tempo consome-se. Tão depressa tudo passa.

Seguimos separados, esquecidos e não lembrados.

Flutuando na memória, na memória acabada.

(À memória de uma mulher nua numa numa cave de coimbra)

LunaPapa

2 comments:

Anonymous said...

As memórias....nem sempre perfeitas...são de facto inevitáveis...não há como evitá-lo!
Ainda bem...

Ruben said...

Gosto muito deste.